Sobre as chuvas - ou como tirar proveito das lições de Maquiavel 500 anos depois
Em 1513, Nicolau Maquiavel já advertia que o príncipe virtuoso deveria
ser prudente em relação à fortuna, ou sorte em uma tradução grosseira.O
exemplo mais clássico dado pelo autor é de que o governante sábio iria
se precaver contra os rios caudalosos, obrando diques e barragens em
tempos de calmaria.Afinal, como diria o poeta Vinicius de Moraes, o
"amanhã não gosta de ver ninguém bem".As conclusões que podemos tirar
disso tudo é que a natureza não pode ser culpada em momentos como esse
que estamos passando no Rio de Janeiro.Em suma, nossas autoridades que
lidam com o poder público poderiam aproveitar outra das lições de
Maquiavel e aprender com o passado, pois as chuvas nos assolam desde
priscas eras.Já que o mundo está tão desenvolvido e tecnificado, que as
ciências sejam usadas em prol de causas populares.Porém, o modelo
capitalista não comporta tal tipo de planificação, prescrevendo às areas
periféricas um total abandono à sua própria sorte.Conquistar o poder é
fácil, o difícil é manter, também ensinou o pensador florentino.Que os
digam os impopulares Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Cabe ao poder popular
se organizar para inverter essa relação nociva, onde o Estado se
comporta como piratas saqueadores para lesar a sociedade civil.
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