quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sobre as chuvas - ou como tirar proveito das lições de Maquiavel 500 anos depois


Em 1513, Nicolau Maquiavel já advertia que o príncipe virtuoso deveria ser prudente em relação à fortuna, ou sorte em uma tradução grosseira.O exemplo mais clássico dado pelo autor é de que o governante sábio iria se precaver contra os rios caudalosos, obrando diques e barragens em tempos de calmaria.Afinal, como diria o poeta Vinicius de Moraes, o "amanhã não gosta de ver ninguém bem".As conclusões que podemos tirar disso tudo é que a natureza não pode ser culpada em momentos como esse que estamos passando no Rio de Janeiro.Em suma, nossas autoridades que lidam com o poder público poderiam aproveitar outra das lições de Maquiavel e aprender com o passado, pois as chuvas nos assolam desde priscas eras.Já que o mundo está tão desenvolvido e tecnificado, que as ciências sejam usadas em prol de causas populares.Porém, o modelo capitalista não comporta tal tipo de planificação, prescrevendo às areas periféricas um total abandono à sua própria sorte.Conquistar o poder é fácil, o difícil é manter, também ensinou o pensador florentino.Que os digam os impopulares Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Cabe ao poder popular se organizar para inverter essa relação nociva, onde o Estado se comporta como piratas saqueadores para lesar a sociedade civil.

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