sábado, 11 de abril de 2015

Snoopy & Eu

 
 
Como boa parte das pessoas, conheci o Snoopy quando era criança.
Primeiro através de um milhão de produtos de propaganda. Aprendi a amarrar os tênis e os nomes das cores em um boneco de pelúcia que carreguei por anos junto a mim. Só mais tarde, ao assistir novamente aqueles desenhos da televisão descobri que ali também havia sido minha iniciação ao Jazz. Como não lembrar daquele Beagle dançando todo desconjuntado. Tal como disse o poeta, aquilo ficou gravado nas minhas retinas. E nos meus ouvidos.
Já na faculdade usei as tirinhas do Charlie Brown na minha monografia para
retratar os anos 60.
Como cartunista, me influenciou bastante. Especialmente no tratamento de temas a princípio ingênuos, mas que por trás tem um forte componente crítico.
O cartunista Ziraldo contou uma vez que sempre carregava consigo uma tira onde
Snoopy é confrontado por uma mal-humorada Lucy que ninguém podia ser tão feliz assim quanto ele era. O intrépido cãozinho responde: vai ver que estou batendo um recorde.
Vai ver que é isso, todas as vezes que vejo o Snoopy, até nas condições mais inesperadas, ele
me faz bater recordes de felicidade.

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