A nossa atual conjuntura aponta para o ataque aos direitos e à democracia. Se em um passado recente debatiamos sobre os antigos anos do golpe, agora cumpre a tarefa urgente de debate o golpe consumado entre nós.
Direitos mais essenciais como o respeito ao voto têm que ser defendidos. Assim como a livre manifestação de pensamento e participação em atos devem ser garantidas.
Nem mesmo a livre associação está sendo respeitada, pois a mera filiação a partidos políticos têm sido questionada. Nem mesmo o direito de oposição também está garantido, pois observamos uma escalada do aparelho repressor do Estado, com a criminalização cada vez maior dos movimentos sociais.Onda esta iniciada já nos governos lulo-petistas que a pretexto dos grandes eventos aprovaram medidas como a lei anti-terrorismo.
Projetos que configuram retrocesso têm ganhado cada vez mais espaço na pauta do Congresso mais conservador que já tivemos. Projetos de lei como o escola sem partido querem ferir de morte a autonomia dos educadores em sala de aula.
Porém, não somente os direitos políticos estão sendo vilipendiados.
Os poucos direitos civis conquistados em pouco mais de uma década também podem sofrer retrocessos.Um exemplo é o nome civil para pessoas trans serem chamadas de acordo com a identidade que reivindicam.Todo um conjunto de conquistas podem ser por ora desmontados.
O título desses mal ajambrados apontamentos esparsos aponta nesse caminho. Afinal, parafraseando Lênin, o Brasil pode ter avançado um passo em alguns termos civis mas ao que tudo indica deve retroceder muitos mais nesta seara. A ponte para o futuro de Temer parece levar para uma viagem direta para o passado.O ilegítimo governo do vice golpista é fruto do presidencialismo de coalizão e demonstra como alianças não programáticas e de conveniência podem ser perigosas e resultar em descaminhos.
Por último, cabe apontar para o desmantelamento dos direitos sociais. Temos no retrospecto a década neoliberal dos 90 que já desmontara a Era Vargas, somada a uma nefasta reforma da previdência do primeiro governo Lula e agora ao que tudo indica teremos em breve uma retirada de direitos trabalhistas sem precedentes. Some a isso projetos como a Pec 241 que visa passar uma grande tesoura no poder de investimentos dos Estados.
Alguns setores da sociedade civil, como o movimento dos servidores públicos, estão atentos ao que representam doas vindouros e já se organizam para tecer a resistência a esse modelo econômico.Cumpre estabelecer a unidade da classe trabalhadora e recompor parcelas do movimento que estavam adormecidas no seio do governismo e agora se somam novamente às lutas. Agora resta relembrar músicas do período da ditadura que infelizmente no desgoverno Temer se revestem de grande atualidade e cantar o que desejamos para um fururo próximo, um sonoro "vai passar".
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