quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Algumas considerações iniciais sobre a Mídia Ninja





 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
       A imprensa conservadora atacou a mídia ninja pela ausência de um "plano de negócios". Também é interessante a inquisição que foi feita sobre a principal ocupação dos jovens. Não vejo tamanho ímpeto quando entrevistam algum político bem-nascido que nunca trabalhou na vida. Olha que são muitos.
       Alguns colunistas dos jornalões já se apressam em taxar os dois entrevistados no programa Roda-viva de confusões. Apenas não percebem eles que o que estava sendo exposto ali era uma profusão de ideias. Tentam impingir aos jovens uma coerência que eles mesmos, lacaios dos donos dos órgãos em que trabalham, não possuem. Afinal, não conheço um, um sequer, grande meio de comunicação que não seja financiado pelo Estado através dos programa de incentivos ou da injeção de aportes milionários em verbas de publicidade. Qual o problema da Ong "Fora do Eixo" ter organizado festivais com o dinheiro público? Estão disseminando cultura.
       O que pode ser percebido é uma disparidade enorme entre os perdidos dinossauros da mídia tradicional e os novos sonhadores que pautam suas ideias através de um jornalismo colaborativo e inovador. É, como diria o velho e bigodudo Nietzsche, "para uma nova música é preciso um novo ouvido". Fico por aqui com estas palavras mal escritas, que se constituem muito mais como um desabafo. Como dizem os jovens - e não sei se do alto dos meus 30 anos ainda posso me incluir dentre eles - pronto, falei!
 
- Márcio Malta(Nico) é professor de Ciência Política da UFF(Campos), cartunista e defensor da mídia livre.

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